Apesar de o trabalho ser o meio primordial de sobrevivência, a forma de sua realização mudou muito a partir da Revolução Industrial. Com o passar do tempo o trabalho rural evoluiu para a criação de animais, o plantio e a confecção das mais diversas mercadorias, que, com o aperfeiçoamento das técnicas, culminou na prestação de serviços remunerada para um terceiro.

Porém, a exploração dos trabalhadores era muito intensa, tanto em volume quanto em tempo de trabalho. Por essa razão, no dia 1º de maio de 1886, nos EUA, os trabalhadores foram às ruas de Chicago para pedir a redução da jornada de trabalho, de quase 16 horas por dia, para 08 horas diárias, além de outras reivindicações. Essas passeatas deram início a uma greve geral no país, que durou vários dias e foi marcada pela violência contra os manifestantes, sendo alguns deles julgados e condenados à morte.

Assim sendo, essa data foi escolhida de forma simbólica para homenagear os trabalhadores, não apenas por esta, mas todas as conquistas e avanços em relação à dignidade do trabalhador, que é, em última análise, a dignidade do próprio ser humano. Curiosamente, a data é comemorada na primeira segunda-feira de setembro nos EUA, e somente passou a ser feriado nacional em 1894, mas os efeitos da greve geral influenciaram todo o mundo, sendo celebrada em mais de 80 países atualmente.

No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT foi aprovada em 1º de maio de 1943, 57 anos depois da greve geral nos EUA, mas é comemorado como feriado do Dia do Trabalhador desde 1924. A nossa legislação, na realidade, consiste em uma junção de outras leis que existiam à época, num esforço de concentrar todas as normas em um único diploma legal.

Atentamos para que este fato histórico não seja esquecido, pois as lutas pretéritas dos trabalhadores contribuíram sobremaneira para que fosse atingido o grau de regulamentação que se tem hoje, e é a vigilância diária de cada um que protege os direitos que já foram conquistados.