Violência Obstétrica
Ao conversar com mulheres mães, é comum ouvir relatos de maus tratos à gestante, por parte dos serviços de saúde. O que talvez elas não saibam, é que tais práticas podem se configurar violência obstétrica, que é toda ação ou omissão praticada por prestadores de serviços de saúde contra a mulher na gestação, no parto e no pós-parto.
Entre as queixas mais comuns, estão atitudes que menosprezam a dor da gestante durante o trabalho de parto, por vezes com expressões humilhantes, como: “não grite, na hora de fazer você achou bom”, ou com julgamentos manifestados desde o pré-natal, com expressões como: “você está grávida de novo? não consegue nem cuidar dos que já tem?”, “você sabe quem é o pai?”, e queixas relativas a realização de procedimentos sem o consentimento da gestante, tais como: parto através de cesárea sem necessidade médica e até mesmo laqueadura.
Recentemente ficou muito conhecido o caso da influenciadora Shantal Verdelho. Os fatos ainda estão sob investigação, porém, há indícios de que ela tenha sofrido violência obstétrica, sujeitando-se a tratamento hostil, pressão para consentir com procedimentos como cesárea e episiotomia, laceração proposital e manobra de Kristeller.
A gestante que sofre conduta abusiva, deve reunir provas desses fatos, tais como, testemunhas, gravações de áudio e vídeo, documentos, e de posse disso, pode e deve exigir a reparação pela violência sofrida, e procurar um profissional que possa auxiliá-la a fazer valer os seus direitos.
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